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Récord: 3670 m
Récord de Anchura de Vano: 80 m
Tipo: Puentes
Categoría:
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Continente: África
País: Mozambique
Localización: Zambezi River, Vila de Sena and Mutarara
Año: 1934
Estado: Terminado
Descripción:13/03/2012
A HISTÓRIA DA PONTE DONA ANA, SOBRE O RIO ZAMBEZE ENTRE SENA E MUTARARA
A história de como se fizeram as linhas de caminho de ferro desde pontos na costa moçambicana para o interior é fascinante, quase tão fascinante como foi a criação de Moçambique como país.
Neste caso, debruço-me sobre um caso particular – a linha de caminho de ferro que liga a cidade da Beira ao Malawi, e especialmente sobre a ponte com cerca de 3.6 quilómetros que passa de uma margem para a outra do Rio Zambeze, nas localidades de Sena e Mutarara.
E isto em parte porque, depois de ter sido convidado pelo Exmo. Senhor Dr. José Meque para integrar um grupo de amigos de Mutarara (apesar de conhecer o nome da localidade, tive que ir ver no mapa onde ficava) li e reli na internet, a mesma informação invariavelmente reproduzida, referindo que foram os portugueses que fizeram a linha e a ponte, que a mesma fora concebida por Edgar Cardoso, um lendário arquitecto que de facto concebeu e construiu várias pontes em Moçambique (Tete, Xai-Xai, por exemplo), que a ponte e a linha de caminho de ferro fazia parte integrante do “colonialismo explorador” português a entrar pela já martirizada e depauperada região do grande povo Sena, etc e tal.
Do que fui descobrindo, a verdade é um pouco diferente e mais complexa do que à primeira vez parecia.
Nesta breve crónica, abundantemente ilustrada graças principalmente aos arquivos da Torre do Tombo em Lisboa, tentarei fazer um breve esboço historial de como foi aquilo tudo, que dedico com muito gosto ao Dr. José Meque e ao povo de Sena e Mutarara.
Sena, os Sena e Dona Ana
Para quem não sabe, a Wikipédia explica que “Sena” não é só o nome de uma localidade junto ao Rio Zambeze na qual os antigos portugueses desde o Séc. XVI tentaram fazer negócio com os locais. É o nome de um grupo étnico distinto e que a partir do Século XVI viveu “encaixado” entre as então duas grandes potências na região, o reino do Monomotapa a Sudoeste (onde fica o Zimbabué hoje), de extracção Shona, e os Maravi a Norte (onde fica o Malawi), de extracção Nyanha-Chewa.
Sena é ainda uma língua, falada em Moçambique ainda hoje por cerca de um milhão de pessoas, em pelo menos dois dialectos diferentes.
O nome “Dona Ana”, segundo António Sopa (ver no fim) D. Ana – “vem-lhe de uma célebre D. Ana Cativa, arrendatária do grande Prazo de Mutarara, que se estendia pelas margens do Zambeze, Ziuziu e, muito provavelmente, do Chire”.
A chamada experiência colonial com os Sena foi ainda mais típica que o costume: durante quase quinhentos anos de essencialmente contactos esporádicos (salvo a partir da primeira metade do Século XX, e mesmo aí) os portugueses fizeram aquilo que melhor sabiam fazer nas suas colónias: pouco, quase nada, ou rigorosamente nada. No caso da terra dos Sena, fizeram quase rigorosamente nada a não ser chateá-los a partir dos anos 20-30 para cultivarem algodão obrigatoriamente, o que não caíu lá muito com os agora “colonizados”. Eventualmente apareceram uns senhores da recentemente criada Frelimo a prometer correr com os portugueses dali para fora, o que foi mais ou menos bem recebido, e hoje os Sena fazem parte do rico mosaico moçambicano, não sem antes levarem em cima com os efeitos das guerras de Samora contra Ian Smith e logo a seguir da guerra civil. Em 2012, continuam a reclamar que ninguém faz nada por eles.
A linha de caminho de ferro
Mas se o exmo. Leitor for ver num mapa, a modernidade do Século XX, como aconteceu em muitas regiões do mundo, chegou junto dos Sena, principalmente através de uma linha de caminho de ferro. Desde meados dos anos 1930 que existe uma linha de caminho de ferro que liga a cidade (e o porto) da Beira, em Moçambique, com Blantyre, uma cidade situada ao Sul do Malawi.
A linha não foi construída de uma só vez. Recorro aqui à cábula feita por um filatelista brasileiro (veja-se só) para ilustrar mais ou menos o que foi.
https://delagoabayword.wordpress.com/category/arquitectura-mocambique/historia-da-ponte-dona-ana/
El Puente Dona Ana (en portugués: Ponte Dona Ana) se extiende por la parte baja del río Zambezi entre los municipios de Vila de Sena y Mutarara en Mozambique, uniendo efectivamente las dos mitades del país. Construido por los portugueses en 1934 durante la etapa colonial de Mozambique, fue volado por los combatientes de la RENAMO durante la guerra civil de ese país. 1
Fue construido originalmente como un puente de ferrocarril para unir las minas de carbón Moatize y Malawi con el puerto de Beira. Después de la guerra civil, se convirtió en un puente de carretera con la ayuda de la USAID. Se reconvierte en un puente ferroviario en 2009.
http://es.wikipedia.org/wiki/Puente_Dona_Ana
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ponte_Dona_Ana
http://en.wikipedia.org/wiki/Dona_Ana_Bridge
http://www.panoramio.com/photo/57772013
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